17.9.12

São Paulo é PSOL 50


Propostas de Gianazzi:

- O PSOL na prefeitura deve seguir a premissa do “mandar obedecendo”. As mais importantes decisões da cidade devem ser tomadas com ampla participação, fortalecendo os conselhos populares, realizando o planejamento e orçamento participativos, eleições diretas para as subprefeituras e conselhos com efetivo poder de decisão popular. Para combater a corrupção defendemos o fim do elefante branco que é o Tribunal de Contas do Município, audiências públicas com controle social permanente nos órgãos e programas da prefeitura, afastamento imediato dos suspeitos de irregularidades e diminuição drástica dos cargos de confiança com valorização dos funcionários de carreira.



PAGAR A DÍVIDA SOCIAL COM O POVO


- O governo do PSOL no município terá como prioridade zero pagar a dívida social histórica com a população de São Paulo, especialmente com sua periferia. Recursos existem. Defendemos a suspensão do pagamento dívida interna do município com a União para promover a auditoria de todos os contratos para acabar com o pagamento extorsivo dos juros e amortizações e renegociando aquilo que não seja ilegal e ilegítimo.


OUTRO MODELO DE TRANSPORTES

Os atrasos, paralisações e a superlotação da CPTM, do metrô e dos ônibus, o caos diário no trânsito, o crescente uso do automóvel e as inaceitáveis e infelizmente recorrentes mortes de ciclistas só demonstram que o sistema de transporte de São Paulo chegou a seu limite. Para mudar, é preciso acabar com a política privatista dos tucanos. Defendemos a mudança da matriz dos transportes, investimento robusto no transporte de massas sobre trilhos, redesenhando a rede metroferroviária para favorecer as periferias, com funcionamento 24 horas por dia, trabalhadores concursados e treinados para bem atender aos usuários/as. As metas de ampliação do sistema de transporte têm que estar combinadas com a conversão da dívida do município para construir dez quilômetros de novas linhas de metrô por ano, trinta quilômetros de novos corredores de ônibus por ano e cinquenta quilômetros de ciclovias. Defendemos a imediata aplicação do bilhete único 24 horas como parte de uma política de subsídios às tarifas rumo à tarifa zero ao mesmo tempo em que se adotam políticas para desestimular o uso do automóvel e reconhecer a bicicleta como modal de transporte regular.

A quem interessam os incêndios nas favelas de São Paulo?


Por Pedro Serrano



São Paulo amanheceu hoje com mais uma notícia de incêndio em favela. Dessa
vez, a favela do Moinho, localizada no centro da cidade e palco recorrente de ameaças
de desapropriação por parte da prefeitura. Desde o início das gestões de Serra e Kassab,
a cidade tem visto um aumento exponencial do número de incêndios. Nos últimos 5
anos, foram registradas 562 ocorrências em favelas da cidade. Isso acontece justamente
em um período de enorme expansão do mercado imobiliário paulistano. Os velhos
políticos e o poder público, no entanto, atribuem as ocorrências a fatores climáticos ou
mesmo culpabilizam os moradores das favelas. Será mesmo?
São Paulo refém da especulação imobiliária
Nos últimos anos, a cidade de São Paulo tem sido refém da especulação
imobiliária. A lógica é simples: os principais especuladores da cidade doam quantias
enormes de dinheiro para as campanhas dos grandes partidos e, depois das eleições,
cobram a conta. Assim, passam a ter a garantia de que seus interesses não serão
enfrentados.
Não parece mera coincidência o fato da maioria dos incêndios em favelas
acontecerem justamente em locais valorizados e de alto interesse imobiliário em São
Paulo. Muitas vezes, ainda, como na favela do Moinho, em locais já ameaçados de
desapropriação por parte da prefeitura.
Omissão e criminalização da pobreza: dois lados da mesma política
Diante dessa situação alarmante, as respostas por parte da prefeitura e dos
grandes partidos são as mais absurdas. Por um lado, criminaliza-se a pobreza,
atribuindo a culpa dos incêndios aos próprios moradores das favelas. Essa é a
característica de Serra e Kassab, que em suas gestões desativaram programas de
prevenção de incêndios e abriram espaço para a especulação imobiliária. Por outro lado,
mesmo os partidos de “oposição” na Câmara de Vereadores de São Paulo acabam se
omitindo de sua responsabilidade e não tomam nenhuma medida concreta para resolver
a questão.
Em março de 2012, foi criada uma CPI para investigar incêndios em favelas em
São Paulo. Entretanto, a primeira reunião da CPI só foi acontecer quase 5 meses depois.
Até então, nenhuma reunião havia tido a presença mínima de 4 vereadores. Isso
acontece porque a CPI dos incêndios é completamente dominada pela base de Kassab
na Câmara dos Vereadores. O PT, que teria direito a duas vagas na CPI, abriu mão de
sua presença na comissão, assim como o PC do B, que teria direito a uma vaga. Mais
um capítulo lamentável para a Câmara de Vereadores de São Paulo…
É preciso mudar São Paulo!
Fica claro que todos os grandes partidos (e as grandes campanhas nessas
eleições) estão comprometidos com os interesses da especulação imobiliária em São
Paulo. Assim, os problemas que a cidade enfrenta jamais serão solucionados e as
populações das favelas paulistanas continuarão sofrendo com recorrentes incêndios e a
absurda política de criminalização da pobreza.
Para mudar essa situação é preciso eleger políticos que implementem programas
concretos de prevenção de incêndios nas favelas e, principalmente, que tenham a
coragem de enfrentar a especulação imobiliária na cidade. Esse é o compromisso de
Carlos Giannazi e de todos os candidatos a vereador pelo PSOL!
*Militante do PSOL São Paulo