30.6.11

Fato Realista no Sarau da Cooperifa

Ontem estivemos no Sarau da Cooperifa, lançando nossa Demo disc De dentro do Brasil. Garanto que muita gente gostou do som, e se surpreendeu com a letra que cantamos lá, a Cracolândia. A Cooperifa é um solo sagrado, que tem um mestre chamado Sérgio Vaz que nunca deixa a peteca cair. Estava com baitas saudades da Rose Dorea, da Profº Lu e de todo o pessoal, mas ontem além de vender algumas demos, consegui matar essa saudade e ver os parceiros de muito tempo: Lobão, Kennia, Rodrigo Círiaco, PX NSN, Cocão. Também vi lá o filho do Sabotage, que leva o pai no coração sempre, é muito loko, e ao mesmo tempo difícil ver isso, não é fácil carregar o nome do Sabotage e saber que ele se foi faltando tanta coisa pra ele fazer, tantos anos para viver.
Mas o importante é que a poesia tá viva, e o RAP NACIONAL vive uma época de ouro, que queiram, quer não, e vamos tomar de assalto todos os espaços e recuperar o que perdemos também. Abraços a todos e todas, e muito obrigado pela consideração.

Te amo Cooperifa.

29.6.11

Gravação do programa show na brasa na MTV com Emicida

Palco do Show na brasa com dj Nyaq
Apresentação
Emicida
Welton Fato Realista
Cenário
Renato Vital Fato Realista e Emicida Aruaénóis vagabundo
Emicida em ação
Emicida e Fabiana Cozza

Emicida em dueto com Fabiana Cozza
Emicida e Welton grupo Fato Realista
Josélia, Fabiana Cozza e Renato Vital
Renato Vital Fato Realista e Dj NYaq
Welton e dj Nyaq
Emicida e Josélia

Aqui estão algumas fotos da gravação do programa show na brasa com Emicida. Foi muito bom o programa, quem foi não vai esquecer essa noite emocionante. Valeu Emicida, valeu Fabiana Cozza, valeu equipe de produção da MTV. A rua é nóiz.



26.6.11

Corinthians 5 x 0 São Paulo - Tomou????

Liedshow
O Liedshow voltou!!
Vai pra cima delas Timão!


Me desculpem o mal jeito mas... Chupa Bambi!
Mas não tem problema, mais do São Paulo hoje, você acompanha na parada gay na avenida paulista.


Heróis de ontem...Heróis de hoje - com Sérgio Vaz


Já que o aniversário hoje é dele, nada mais justo, do que fazer uma homenagem para esse guerreiro da COOPERIFA, que carrega esse nome no peito e no coração e briga por ele. O nome dele é Sérgio Vaz, ex-jogador do futebol varzeano de São Paulo, poeta, escritor, agitador cultural e amante da literatura. O Sérgio é daquelas pessoas que não curtem muito teoria, é na prática que ele gosta de expor o potencial dele e dos amigos, amigas, guerreiros que vão pra cooperifa e que participam desse imenso movimento literário em São Paulo chamado Literatura Marginal. O Sérgio também já fez diversas intervenções com grandes nomes do RAP NACIONAL, em shows, eventos e palestras pelo Brasil. O Sérgio é meu amigo, mas não pensem que ele pega leve com os amigos, sempre cobra atitudes verdadeiras e ação, mas seus abraços são os mais sinceros possíveis, e suas lágrimas são verdadeiras poesias. Parabéns grande amigo Sérgio Vaz, VOCÊ COM CERTEZA É UM HERÓI DE HOJE!!!!!

Confira mais sobre ele na matéria feita pela revista época:

O poeta Sérgio Vaz sofre de insônia. Por volta de 1 hora da madrugada, ele se aconchega à mulher, Sônia, e até dorme. Três horas depois, acorda com o coração em batida de rap no peito e as ideias falando alto, todas ao mesmo tempo na cabeça. Tem os olhos arregalados, as mãos não param quietas nem ele deitado. Ninguém, com exceção de Sônia, tem vontade de curar a vigília forçada de Sérgio Vaz. Por uma razão egoísta. A insônia desse homem entroncado, de personalidade marrenta e traços que parecem esculpidos por Mestre Vitalino – o célebre ceramista de Caruaru – tem despertado um Brasil que dorme mesmo quando acordado.

O dia começa pontualmente antes da hora na casa típica da periferia paulista, nos arredores de Taboão da Serra. Um portãozinho lá na frente e uma tripa de casas unidas por um corredor. A dele, onde vive com a mulher e a filha Mariana, de 16 anos, é a última. Na parede externa, Vaz mandou pintar uma praia com coqueiros no concreto para que pudesse pegar um sol nos churrascos de domingo. Com sua ironia afiada a cada madrugada, por uma mistura de amor e raiva, é na praia que ele recebe as visitas.

Quando acorda de supetão, antes de todos, mas com a sensação de estar atrasado para a aventura do mundo, Sérgio Vaz não come nada. Só engole um café com leite para não correr o risco de perder a insônia. Ele não come porque, a cada manhã, aos bocados e com todos os dentes, mastiga o biscoito fino do poeta modernista Oswald de Andrade (1890-1954). Como diz o historiador Eleilson Leite, um dos maiores conhecedores da cultura de periferia, Vaz faz ainda um pouco mais do que o escritor antropofágico sonhou: ele próprio se tornou “o biscoito fino que veio da massa”.

“As pedras não falam, mas quebram vidraças”
SÉRGIO VAZ, poeta da periferia
O mais recente produto da falta de sono de Sérgio Vaz estreou na úlitma segunda-feira: o “Cinema na Laje”. Tempos atrás ele acordara com esta inquietação: “Por que na periferia não tem cinema?”. E, já no sofá da sala, concluiu: “Se não nos deram cinema, vamos criar um. De graça”. Na estreia, reuniu mais de cem pessoas, algumas num cinema pela primeira vez aos 42 anos de vida, como a faxineira Rosilda de Souza. O público comia pipoca, mas também algo um pouco mais substancioso: jabá com mandioca, costela de porco com angu. A caráter, paramentado de vermelho e dourado, o pedreiro Piauí virou lanterninha. Ali, eram todos ao mesmo tempo plateia e protagonistas. O filme de estreia era um documentário sobre a Cooperifa, o produto mais espetacular da insônia de Sérgio Vaz. Ou, como ele diz: “O filme de ação mais romântico da breve história da nossa humanidade comunitária”.

Dizer que Sérgio Vaz criou o maior sarau de poesias do Brasil não dimensiona o significado da Cooperifa. A cada quarta-feira, nos últimos sete anos, centenas de pessoas vindas de todos os cantos da periferia paulista recitam e ouvem poesia num boteco de quebrada. Office boys, taxistas, funileiros, sorveteiros, empregadas domésticas, eles pegam o microfone e tomam conta da literatura, que nunca tinha sido deles até então. “Trabalho a vida toda com poesia e nunca vi uma plateia reagir assim”, diz a crítica literária Heloisa Buarque de Hollanda. “Sérgio Vaz e a Cooperifa democratizaram o uso da palavra, numa operação política brilhante.”

Vaz começou tomando uma fábrica interditada, em 2001, para fazer uma mostra cultural. Depois, vagou por muitos botecos, até instalar-se no bar do Zé Batidão, na Piraporinha, Zona Sul de São Paulo. O bar é passado e futuro para Vaz. Foi lá que ele trabalhou dos 12 aos 22 anos, no balcão, quando o dono era o pai. Um patrão implacável, mas também grande leitor, o pai ao mesmo tempo oprimiu e inspirou. Enquanto os meninos perseguiam na várzea o sonho que também era dele, Vaz escrevia furiosamente em papel de pão. Ao conhecer mais personagens reais do que qualquer escritor sonharia, o palmeirense acabou virando poeta. “Eu queria estar jogando futebol. Para me libertar, lia e escrevia muito”, diz. “Com Os miseráveis, de Victor Hugo, descobri que não existia só a miséria material, mas a humana, a que atinge todas as classes sociais. Foi uma grande descoberta.”

Quando o sarau de poesias ficou sem lugar, Vaz procurou o novo dono de sua antiga “senzala”. Zé Batidão é um mineiro com olhos que tudo veem, fala mansa. Quando alguém acha que o Zé está indo, ele já foi e voltou meia dúzia de vezes. Tornou-se “o mecenas da Cooperifa”. Até biblioteca criou, entrincheirada dentro do bar. Sobre a estante, os troféus de seu time, o Sete Velas Caveirão, ofuscam os clássicos.

De volta ao cenário da adolescência, Vaz inventou um “quilombo moderno”. Não só libertou a si mesmo, como arrancou os grilhões históricos que impediam a periferia de alcançar a palavra escrita. “A periferia não tem museu, não tem teatro, não tem cinema. Mas tem boteco”, diz. “Então transformamos o bar do Zé Batidão em centro cultural.”

Vaz é um exemplar cada vez mais raro de homem-multidão. Raramente conjuga verbos no singular. A personalidade plural tornou a Cooperifa o que ela é. “Um dos fenômenos socioculturais mais importantes deste país nas últimas décadas”, afirma o poeta e professor de literatura Frederico Barbosa, diretor da Casa das Rosas. “Há muitos escritores e poetas, mas poucos artistas. O Sérgio é artista, vive visceralmente sua poesia, interfere na paisagem”, diz o escritor Marcelino Freire. “Quem estudar a história da literatura brasileira hoje precisa dividir entre antes e depois de Sérgio Vaz e da Cooperifa. É um marco.”

É a personalidade de Vaz – e uma inteligência muito, muito rápida – que garante a sobrevivência da Cooperifa como o que é. Aos 44 anos, sua insônia se deve em parte à defesa diuturna do sarau, cuja fama atraiu gente do bem, mas também toda espécie de corsários. Vaz é passional, dramático. Mas é, antes de tudo, um estrategista cerebral, que sabe riscar e manter limites. Por esse motivo, é indigesto para muita gente. “Vaz não chama urubu de meu louro, e por isso coleciona desafetos”, diz Eleilson Leite. “Com ele não tem meio-termo. Sua jugular está sempre saltada. É uma fera. Mas, entre seus pares, o bicho é manso.”

Vaz não faz conchavos nem ajeita esquemas. “Fico atento para não me colocarem na jaula”, diz. Na madrugada, tecla ferozmente o computador para atualizar seu blog www.colecionadordepedras.blogspot.com. É lá que divulga suas ideias mais incendiárias. Como numa manhã de 2007 em que despertou “intratável” e decidiu fazer a Semana de Arte Moderna da Periferia, 85 anos depois do evento criado pelos modernistas. Fez. E lançou um manifesto antropofágico “contra os vampiros das verbas públicas e arte privada”.

Ele não permite que o nome do sarau – hoje uma grife – seja usado pelos muitos que querem “mencioná-lo” em projetos para angariar verbas públicas e incentivos privados de todo tipo. “Se o cara vem até aqui dizer que tem um projeto ótimo pra nós, é porque não é bom pra nós. O que é bom pra nós a gente tem de insistir”, afirma. Faz parcerias, mas tem o cuidado de se manter independente. Às vezes dispensa patrocínio, como no caso do “Cinema na Laje”, para não se prender a ninguém nem deixar o povo mal acostumado. “Não quero dominar o país, não quero ser o chefe de todas as ONGs, não quero ir pro Fórum Social Mundial”, diz. “Então, não me preocupo em agradar.”

Na Cooperifa, não se vê tênis ou roupa de marca nem legítima, nem pirata. A maioria usa grifes produzidas na própria periferia. É a prática de uma ideologia que defende a criação de um mercado próprio como reação política à exclusão. “Agora temos mais poder aquisitivo, e a única coisa que esse mundo respeita é o mercado. Então, temos de inverter a bússola e consumir o que é bom – e não o que nos dizem que é bom”, diz Vaz. “Temos de ser violentos sem usar a violência.”

Vaz é um misturador de mundos. A Cooperifa não vai a lugar algum, mas qualquer um é bem recebido na Cooperifa. Para Vaz, não basta estar junto. Tem de estar “misturado”. “Assim como não existe só gente boa na periferia, não tem só gente que não presta na classe média. A gente quer juntar pessoas boas aqui na periferia. Não importa de onde venham, mas que cheguem até aqui”, diz. “A Cooperifa é um lugar para praticar a igualdade. Essa é a nossa revolução.”

A primeira providência que Vaz tomou ao criar o sarau foi dessacralizar a poesia, “tirá-la do pedestal” para que passasse de mão em mão. No sarau se faz silêncio para escutar. Quando acaba, as palmas são do tipo que incham as mãos. “Estão achando que tão no Municipal?”, grita Vaz, quando soa fraco. E a laje estremece. A recepção tem transformado não uma, mas centenas de vidas. “Seria muita irresponsabilidade minha dizer para quem chega aqui que vai virar artista”, diz Vaz. “O que a gente forma aqui são leitores, cidadãos. Hoje perdemos poetas para as aulas na universidade, não mais para a novela. A Cooperifa é passagem.”

Vaz não passou do ensino médio, mas vendeu mais de 7 mil livros, a maioria de mão em mão. Seu talento só chegou às livrarias nos últimos dois anos, com a coletânea de poesias Colecionador de pedras (Global, 2007) e Cooperifa – Antropofagia periférica (Aeroplano, 2008). No sarau, ele não permite discurso, desabafo, ali é espaço de poesia. Mas teve a lucidez de acolher qualquer tipo de poema. Há versos de punhos cerrados, mas há linhas de sexo e dor de corno, porque a vida só é vida com raiva, mas também com amor. Ao não excluir sentimentos, acolheu todas as pessoas. “Povo lindo, povo inteligente, é tudo nosso!”, diz a cada quarta-feira no início do sarau. Na mesma hora, saraus inspirados na Cooperifa se conectam espiritualmente, como o “Sarau do Bezerra”, em Porto Alegre, e o “Coletivoz”, em Belo Horizonte.

Nesta quarta-feira, será reeditada outra das criações insones de Sérgio Vaz: o “Ajoelhaço”. Na homenagem ao dia da mulher, os homens cooperiféricos esfregam anualmente o joelho no chão para pedir perdão pelas infâmias cometidas. “Ajoelha aí!”, Vaz costuma berrar para os mais ariscos.

Um dia um intelectual reclamou a Vaz: “Na Cooperifa vocês ensinam a escrever errado! Vão acabar deixando recado na porta da geladeira com ‘nóis vai’”. O poeta respondeu, com a verve habitual: “Primeiro, que não tem geladeira pra botar recado. Segundo, que quando nóis vai, nóis vai mesmo”.

Sérgio Vaz no Programa da Marilia Gabriela

Parte 1



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5



Parte 6



Parte 7



Pra saber mais sobre o Sérgio Vaz, leia:

O Colecionador de pedras - editora global
Sarau da Cooperifa Coleção - Tramas Urbana

Pra conhecer o Sérgio Vaz:
Visite o Sarau da Cooperifa, que acontece todas as quartas feiras no bar do Zé Batidão, das nove as onze da noite.
Endereço: Rua Bartolomeu dos Sanros, 797, Jd. Guarujá - Sul - São Paulo



PARABÉNS SÉRGIO VAZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

16.6.11

Provérbios da noite

10. E eis que uma mulher lhe saiu atrás dele, com enfeites de prostituta e astúcia no coração... (provérbios)

Não me trava os dedos, ao digitar esse conto, antes me trave a mente ou o coração.

Antes de meus olhos encontrar os delas, encontrou suas belas pernas descobertas, cobertas apenas por uma mini saia, ou micro saia, sei lá como eles chamam na selva de pedra. Logo após, encontrou seu belo decote, generoso como seu sorriso malicioso. Seu pescoço encurvado, pedia carícias, beijos, mordidas, mas eu, até então só olhava. Seus cabelos, há... seu cabelos, encaracolados, escorrendo pelos seus ombros, ombros também descobertos, agora eu me pensava, existe um local em seu corpo que eu não queira tocar?

Vi que ela me olhava, de lado, meio que disfarçado, achei que fosse apenas euforia, ou coisa do momento. Não, ela me seguia com os olhos, o que seria então, talvez quisesse uma informação. Me aproximei meio que timidamente, nunca me senti nem me achei um fiel sedutor, deixava apenas, que o momento compusesse sua música mais perfeita para aquele momento. Ela parou com os olhares, então me desviei dela, e comecei a me ocupar com outras coisas, até que ela se aproximou um pouco mais de mim. Jogava os cabelos para o lado como que querendo chamar a atenção, eu percebi, não agi de imediato, continuei seguindo a linha de racíocinio que a situação me pedia: calmo, sensato, ativo, inconsequente, mas seguro.
Quebrando minha concentração e meu silêncio incomodo, ela puxou assunto com alguém ao meu lado, tentando provocar uma reação de minha parte, continuei tranquilo, mas por dentro as células ardiam em 360 graus. Teimando em segui-lá com os olhos, eu sem pensar, balbuciei algumas palavras em sua direção, ela me respondeu com altivez e postura, mas não me intimidei com aquela primeira impressão.
Ela continuou conversando com a pessoa que estava ao meu lado, e eu dava pequenos comentários sobre o assunto, e percebi que ela balançava a cabeça, e atirava seus cabelos em minha direção, percebi o flerte, mas não queria me iludir com simples gestos. Ela se afastou e foi pra trás do veículo, eu achei que aquele momento, seria oportuno pra resolver a questão, e desvendar esse mistério, foi então que me aproximei dela e comecei a puxar assunto.
Em certo momento, ela começou a repousar seu ombro em meu peito, e num instante de insensatez e descuido, coloquei a mão em sua cintura. Na mesma hora ela me olhou, bem dentro de meus olhos, e já esperava alguma grosseria, mas ela apenas sorriu, e repousou mais tranquilamente seu ombro em mim, pra falar a verdade, ela já se entregava ao jogo de sedução, que eu não criei, mas fui incluido... graças a ela.
Em dado momento, já não parecia que éramos estranhos, eu acariciava sua cintura, como se fossemos íntimos, e lhe cochichava coisas em seus ouvidos, ela sorria, e isso foi me desinibindo. Por instante me perguntei se aquilo não seria loucura, ou o risco é que nos move. Tentei lhe dar um beijo em seu pescoço, mas ela me evitou, talvez não quisesse parecer tão fácil ou fútil, mas aquilo me esfriou e procurei um local nos fundos do veículo para me sentar um pouco. Me sentei, e já nem lembrava mais dela, queria esquecer aquele momento, mas logo ela foi em direção a porta do veículo, olhou pra mim e perguntou:

- Num é aqui que você desse?

Respondi balançando a cabeça, e desci junto dela, na verdade não desceria ali, mas... quem se importa. Me sentei com ela num banco qualquer, ela me dizia estar perdida, não era ali que queria descer, ameaçava chorar mas eu lhe emprestei o ombro, para que pudesse por pra fora, toda a sua mágoa. Quando me dei conta, acariciava suas belas cochas, lisas, macias e implorando por carícias ousadas, de um jovem sedutor. Ela se levantou, eu por um impulso a agarrei, ela tentou se desvencilhar por um instante, mas a travei nos braços e comecei a falar em seu ouvido as coisas mais absurdas e extravagantes, que alguém poderia dizer no ouvido de uma mulher.
Enfim ela se livrou, mas diferente do que pensei, não se retirou, me pediu companhia, pra que a levasse próxima de seu destino. Caminhavamos a passos largos, sem direção, contra ao vento, e o mundo se incarregava de escrever nossa história, eu não tirava os olhos delas, estaria encantado? Talvez...
Andamos por minutos, que passaram depressa demais, mas pra mim, ter deixado ela naquele ponto, foi a válvula de escape pra voltar a realidade.
É certo que eu ainda a agarrei naquele local, onde o poste estava sem luz, e lhe pedi o máximo de beijos que ela poderia me dar em um curto espaço de tempo, mas ela regrava seus prazeres, e me deixava cada vez mais com água na boca. Tudo isso talvez tenha durado, alguns vinte minutos ou mais, mas já tinha seu contato, sabia que seria mais fácil, procurá-lá, quando quisesse novamente, presenciar mais uma vez seu fiel jogo de sedução.
Ela tinha pressa em voltar ao lar, quanto a mim, nada, nem ninguém me esperava. Quando me distanciei dela, demorou pra cair a ficha que tudo fora real, mas a rua me empurrava pra frente, lembrando que a vida é mais adiante, e os momentos são como a folha que o vento sopra, nessa imensa escuridão.

Renato Vital é escritor, poeta e Rapper.
Contatos: http://www.twitter.com/@renatovital
Email: galanteadohj@hotmail.com

Site do grupo Fato Realista
http://www.bandasdegaragem.com.br/radiofatorealista

15.6.11

Sarau suburbano nota dez

Estive ontem no Sarau Suburbano Convicto. Muito Prazeiroso estar na presença, do amigo Alessandro Buzo e da amiga Marilda Borges. São verdadeiros guerreiros da literatura e do Hip-Hop. Quando cheguei lá estava passando o filme Cidade de Deus, que faz parte do projeto super tela do Buzo. Fiquei assistindo o filme, e acompanhei quando chegou os manos do Grupo Uclanos, lá de Minas Gerais, Poços de Caldas, que vieram pra divulgar o trabalho em São Paulo. Logo após pedi pra Marilda pegar uma gelada pra mim, que a noite tava só começando (calma pessoal foram só duas latinhas). Eu na expectativa do sarau, vi vários manos chegando, um em especial que vi, foi o guerreiro Dubod e sua esposa a Van, que fazia tempo que não os via, foi muito bom, trocar idéia com esse mano de novo. E tive o prazer de conhecer sua filha, que é uma criança muito inteligente e esperta. O Sarau enchendo e a expectativa aumentando. Começou por volta da oito horas, com vários lançamentos e muitos trabalhos bons sendo lançados. Um em especial, que gostaria de destacar, sem desmerecer os demais, é o grupo Uclanos, composto por Mc Lu Afri que canta muito, Suburbano ( não o Buzo, esse é de Minas) e mano MB2. Eles cantaram no evento no começo e no fim do sarau e levou o público ao delírio. Muito bom! Enfim teve muita poesia e música, além dos lançamentos dos manos e minas, que foram muito bons. Vários manos recitaram, emocionaram e alegraram o público presente.

Pra saberem mais informações sobre o Sarau Suburbano acessem: http://www.buzo10.blogspot.com

12.6.11

Fato Realista ontem na quermesse Jardim Monte Líbano

Palco da quermesse Monte Líbano, povo que luta!
Palco que cantamos alguns de nossos sons
Quermesse Jardim Monte Líbano
Tava lotado, jovens, crianças e adultos



Ontem, o Grupo Fato Realista, se apresentou na quermesse do Jardim Monte Líbando ( Vila Guacury). Éramos para termos se apresentado na semana passada, mas ouve problemas técnicos, e nos apresentamos ontem. Foi o maior público que eu já cantei, tinha centenas de pessoas, prestando atenção em nossas letras, e curtindo nosso sons. Chegamos por volta, das oito, oito e meia na festa, e a movimentação já era grande o pessoal ia chegando, e apreciando a quermesse, várias barracas com guloseimas, bebidas, os famosos quentão e vinho quente, entre outras especiarias da época. Tava frio, e como tava, pra esquentar o frio só tomando um quentão, e olha que esquenta. O apresentador Sérgio anunciando nosso grupo como atração da festa, entre outros grupos de forró que se apresentariam na festa. Só lembrando que na festa não teve funk de forma alguma, o que eu acho muito bom, pois aquilo polue a mente da mulecada, nada contra o estilo, só que alguns manos deveriam pegar um pouco mais leve nas letras, não acham? é muita apelação pra banalização do sexo.
Quando eram nove horas da noite, o Sérgio começou a anunciar o grupo, e tocou uma música nossa na festa, o público se impressionou com a qualidade, e o próprio Sérgio se impressionou com a qualidade da produção, pois foi tudo feito caseiro, em casa, com um computador, um head set, e força de vontade. Realmente é verdade, muitos estúdios por ai cobram pra fazer um trabalho, e fazem mal feito, isto é Fato, Fato Realista.
E falando em Fato Realista, subimos no palco, por volta das nove e dez, a primeira música que cantamos foi a Cores e Valores, composição de Mano Brown Racionais Mc´s. Cantamos ela, por quê ela tem tudo haver com o momento do Fato Realista, quando o Brown fala: " Gostar de nóis, tanto faz, tanto fez, não vou me degradar pra agradar vocês..." e também no trecho: "...na terra, em que o herói matou um milhão de índios...". Dando sequência ao pocket show, cantamos a música Aqui não vejo amor, muito bem aceita pelo público e pelos organizadores da festa, e por último a Pike judas parte 2 que tá monstra, logo mais disponível no http://www.bandasdegaragem.com.br/radiofatorealista .
Finalizando o pocket show, o Welton deu uma orelhada no público, falando sobre o Palloci e a maldita corrupção no Brasil, palmas pro Welton, eu acho que o povo tem que ser corajoso e ir as ruas pra protestar contra esses sangue sugas. Depois na sequencia da festa, o mano gostou tanto, que ficou falando de nós durante a festa.
Bem é isso meu povo, Fato Realista invadindo todos os espaços, em que a gente possa levar nosso som, pode ser até igreja, que a gente vai.

Renato Vital, Rapper, poeta e escritor.
Contatos: http://www.twitter.com/@renatovital
Email: renatovital2@yahoo.com.br / galanteadohj@hotmail.com
Fone para shows: (11)8852-6563
Fato Realista: http://www.bandasdegaragens.com.br/radiofatorealista


10.6.11

HERÓIS DE ONTEM... HERÓIS DE HOJE - Antônio Conselheiro - A Guerra de Canudos é nossa!


NÃO PODEMOS PERDER A MEMÓRIA DE NOSSOS MAIORES HERÓIS E MÁRTIRES, PORTANTO, HOJE EU RENATO VITAL NESSE BLOG, INICIOU UMA COLUNA CHAMADA: HERÓIS DE ONTEM... HERÓIS DE HOJE. ESSA COLUNA VAI TRAZER PELO MENOS DUAS VEZES POR SEMANA, UM HERÓI POPULAR BRASILEIRO OU ESTRANGEIRO, POIS, SOMOS TODOS CIDADÃOS DO MUNDO. QUEM LUTA POR MELHORIA, NÃO ATURA INJUSTIÇAS, SEJA AQUI OU EM QUALQUER PARTE DO MUNDO.
E O PRIMEIRO HERÓI DESSA COLUNA, É ANTÔNIO CONSELHEIRO, GRANDE HOMEM QUE FUNDOU A CIDADE DE BELO MONTE, NO MUNICIPIO DE CANUDOS-BAHIA. UMA CIDADE LIVRE E IGUALITÁRIA, QUE DEPOIS O EXÉRCITO BRASILEIRO VIRIA A DESTRUIR DE FORMA IMBECIL E IGNORANTE.


ACOMPANHE AQUI SUA BIOGRAFIA:

Pequena Biografia de Antônio Conselheiro

No dia 13 de março de 1.830, nasce, no sertão do Ceará, na Vila do Campo Maior, Antonio Vicente Mendes Maciel, filho do comerciante Vicente Mendes Maciel e de Maria Joaquina de Jesus. Mais tarde viria a ter o apelido de Antônio Conselheiro. Desde sua juventude sentiu e percebeu as injustiças praticadas contra o povo pobre do sertão (composto por ex-escravos, indígenas mestiços) e cresceu nele o desejo de libertar este povo das péssimas condições em que viviam.

Tornou-se educador e missioneiro laico e, durante suas pregações pelo sertão, durante mais de 20 anos, foi deixando por onde passava as marcas de sua fé e do seu compromisso social, construindo, mediante trabalho comunitário, pequenas represas, capelas, cemitérios, etc.

Conselheiro casa-se com Brasilina Laurentina de Lima, sua prima, aos 27 anos. Quatro anos depois, Conselheiro flagra sua esposa traindo-o com um sargento em sua própria casa. Abandona o lar e vai para o Cariri.

Depois de vinte anos de peregrinação pelo nordeste ( ele perambulou pelo Ceará, Sergipe, Pernambuco e Bahia), amado pelo povo e visto como um messias ou um profeta por alguns, imcompreendido e perseguido pelas autoridades, Conselheiro observou de perto o atraso em que o povo se encontrava e o descontentamento que eles sentiam. Assim, resolveu, na última década do século XIX, pôr em prática seu objetivo de formar uma comunidade igualitária: Belo Monte (Canudos, no interior da Bahia). Rapidamente, a comunidade cresceu e tornou-se uma das maiores cidades do nordeste, com 25.000 habitantes. Organizada, religiosa, produtiva e comunitária.

A reação das pessoas de posses, dos políticos e de alguns setores da igreja, deu início à Guerra dos Canudos, que teve seu início em 1.896, a maior guerra campesina do século XIX. As três primeiras expedições militares foram derrotadas pelos sertanejos. A quarta expedição da polícia e do exército, formada por milhares de homens, potentes canhões e liderada por Artur Oscar, conseguiu, no dia 5 de outubro de 1.897, tomar a cidade de Canudos.

Todos os habitantes foram mortos (nem as crianças foram poupadas). Canudos virou cinzas, mas também tornou-se, por seu sonho e resistência, símbolo de luta e esperança de um outro Brasil.

Vítima de ferimentos causados pela explosão uma granada, Antonio Conselheiro morre em 22 de setembro de 1.897.

Biografia do Arraial de Belo Monte ( Canudos)
As casas do arraial eram muito simples. Na maioria, eram construções de pau-a-pique com telhados de palha e apenas uma minúscula saleta, um quarto e uma cozinha. Agrupavam-se sem nenhuma ordem ao redor de algumas praças e das duas igrejas, a velha e a nova. Isso fazia de Canudos um labirinto. E também uma fortaleza: a disposição das casas acabou sendo muito importante quando o arraial teve de se defender, pois dificultou a penetração das forças invasoras. No centro do arraial ficavam as duas igrejas. A igreja velha era a antiga capela da fazenda. Tinha sido restaurada, mas era pequena. Por isso começou a ser construída uma nova, que ainda não estava pronta quando Canudos começou a ser atacada pelas forças do governo. Com paredes de quase um metro de espessura, o templo suportou firmemente muitos tiros de canhão.

Parece que o Conselheiro não escolheu ao acaso o local para se fixar com seus seguidores. Canudos ficava completamente isolada e afastada de qualquer grande centro. Isso facilitava no objetivo de seu líder, que era manter-se distante da sociedade que ele repudiava. Mais ainda: Canudos ficava praticamente cercada pelos desfiladeiros das serras de Cocorobó, Calumbi, Cambaio, Canabrava e Caipã. A estrada de ferro mais próxima passava por Queimadas, a 130 quilômetros dali.

Alguns historiadores acham mesmo que o Conselheiro escolheu aquele local prevendo futuros ataques armados de seus inimigos. De fato, já em 1893, depois de mandar arrancar e queimar as ordens de cobrança de impostos em Bom Conselho, ele tivera de enfrentar a força da lei. O governo do estado da Bahia enviou um destacamento de cerca de 100 homens, sob o comando de um tenente, para prender Antônio Conselheiro e dispersar seus seguidores […] Já nesses primeiros combates fica claro que as condições da região favoreciam o Conselheiro e seu grupo, para quem o sertão era terreno bem conhecido. Para as tropas enviadas para combate-los, ao contrário, a caatinga era um obstáculo nada desprezível.

Pequena biografia da Guerra de Canudos


A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.

O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.

Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.

Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.

Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

Livros sobre Antônio Conselheiro:

A Ressureição de Antônio Conselheiro e a de Seus 12 Apóstolos.
Moacir C. Lopes

Antônio Conselheiro
Guilhon Loures

Livros sobre A guerra de canudos:


Belo Monte uma Historia da Guerra de Canudos
Jose Rivar Macedo e Mario Maestri

A Guerra Total de Canudos
Frederico Pernambucano de Mello

Filmes sobre a Guerra de Canudos:

A guerra de Canudos (1997) direção de Sérgio Rezende, principais atores: Paulo Betti, Selton Mello, José Wilker entre outros

Link para baixar: http://www.baixarfilmesdublados.net/baixar-filme-guerra-de-canudos-nacional/

Link para assistir o filme no You tube: http://www.youtube.com/watch?v=VnfJ-xyyDU4&playnext=1&list=PLC189985BF67C4B8F

Renato Vital é escritor, poeta e Rapper
Contato: http://www.twitter.com/renatovital
Email: renatovital2@yahoo.com.br / galanteadohj@hotmail.com

7.6.11

Era a primeira vez ouça a poesia e leia

Era a primeira vez...
Que meus olhos, cruzavam com os dela...
Embora eu não soubesse quem era ela...
Já desejava te-lâ em minha vista por muito mais tempo...
Quanto fosse possível!
Seus cabelos negros, escorrendo pelos seus ombros finos e ajeitados...
Fazia com que minha vista, assumisse um fino brilho...
Do príncipio ao fundo de meus olhos...
Ao caminhar dela apressado e ponderado...
Eu queria que a rota do mundo se transformasse...
E aqueles passos dados com firmeza, virasse em minha direção...
A única direção em que eu desejava que ela tomasse...
Jamais poderia imaginar que um simples olhar...
Pudesse balançar todos os orgãos do meu corpo humano...
Desumano quando ao perceber que estão dentro de mim...
E tão longe dela!
Um simples movimento dela, fazia meu olhar cavalgar em sua busca...
E uma simples resposta de olhar, com a púpila não muito dilatada...
Fazia cada uma de minhas células pulsar de entusiasmo!
Ao ver ela correr, andar, falar, se movimentar...
Me dava a certeza que ela existia de fato, não era uma mera ilusão!
E quando de qualquer forma citava meu nome, cobria de conforto meu coração.
Não gostava de olhares em cima dela, olhares maliciosos...
Que eu sentia em minha volta...
E um único pensamento pérfido que me atingia ao perceber tão fato...
Fazia odiar até a última geração do ser que a olhasse com malicia nos olhos!
Embora ela talvez pensasse que essa mesma malícia,
Estava dentro de meus pensamentos,
Eu me esforçava ao máximo para desfazer está má e cruel impressão!
Sentia que ela percebia os olhares, mas não se pronunciava...
Também pudera, eu também não me manifestava...
A não ser com os olhares...
DEUS com sua divina inspiração, criou os olhos!
Pra que eles pudessem falar com a alma, o que da boca não sai de jeito algum.
Eu agradeço por poder contemplar mais uma vez aquele olhar, e o ser dono dele.
Poder contemplar algo que não dá pra acabar...
Sem que se eternize nesse simples e direto olhar.


Renato Vital é escritor, poeta e Rapper.
Contatos:
http://www.twitter.com/renatovital
Email: renatovital2@yahoo.com.br / galanteadohj@hotmail.com

Site do Grupo Fato Realista

http://www.bandasdegaragem.com.br/radiofatorealista

6.6.11

Apenas um teste

Só teste

Só testando, a paciência com todos os manos
Só testando, a nossa inteligencia com os cano
Só testando, a maior causa de estar rimando
Só testando, a falsidade dos canalha mano
Só testando, a nossa falta de atitude
Só testando, o som que bate na nossa virtude
Só testando, a periferia com os seus talentos
Só testando, a hipocrisia do nosso governo
Só testando, a marionete do sistema
Só testando, a interferência dos nossos problemas
Só testando, como vai a sua e a minha vida
Só testando, se vai fazer efeito toda a nossa rima
Só testando, a falta de remédio e de hospitais
Só testando, a falta de interesse de seres normais
Só testando, a corrupção de todo o sistema
Só testando, a falta de solução para esse dilema
Só testando, o microfone com microfonia
Só testando, o som que os pivete cria
Só testando, testando você já se esqueceu
Só testando, seus sonhos são os mesmos que os meus
Só testando, o governo que sempre nos fodeu
Só testando, agora diz que é problema seu
Só testando, quem é o culpado dessa vida suja
Só testando, lendo mil livros de auto ajuda
Só testando, eu sei bem o que é tudo isso
Só testando, só tá faltando o nosso compromisso
Só testando, até onde vai nossa paciência
Só testando, psiu, silêncio para nossa ceia
Só testando, as favelas, seus becos e vielas
Só testando, a coragem de quem vive nela
Só testando, um livro como nossa solução
Só testando, motivos para ser o campeão
Só testando, a vida não é um mar de rosas
Só testando, espinho entre versos e prosas
Só testando, o sistema que é podre e cruel
Só testando, o gosto desse amargo fel
Só testando, cerveja, um gole de cachaça
Só testando, ele bebe, bebe e não para
Só testando, a mentira daquela noticia
Só testando, o jornal sensacionalista
Só testando, eu sei que já testei demais
Só testando, o Refrão e um pedido de paz
Refrão
Só testando, o plano, nós tamo projetando
Só testando, né festa, voce que ta chapando
Só testando, a vida que anda tão vazia
Só testando, o sonho da nossa periferia

Renato Vital escritor, poeta, rapper do Fato Realista

Grupo Fato Realista:


http://bandasdegaragem.com.br/radiofatorealista

Contatos: http://twitter.com/renatovital
Email: renatovital2@yahoo.com.br / galanteadohj@hotmail.com

3.6.11

Férias, volta ao trabalho, e reflexões

Férias, volta ao trabalho, e reflexões
Sabe, postei hà alguns dias aqui nesse blog, como foi minhas férias na Praia Grande, e minha férias em geral. Quem é assalariado como eu, sabe que pra se conseguir férias, é preciso, se matar durante um ano todo, e quando vem o aviso de férias, a merreca que a gente recebe, mal dá pra pagar as contas, o que dizer então de férias, mas... a gente é brasileiro e brasileiro é teimoso.

Resultado: resolvi tirar alguns dias de lazer, mesmo sabendo que isso me custaria caro, quando as contas começassem a chegar, mas dane-se, eu trabalhei um ano inteiro, pensando nessas benditas férias, e não iria deixar ela passar, sem nem mesmo "tentar" me distrair um pouco.
Bom vamos lá, se for contar ao todo os dias que fiquei na praia (já que tive que voltar um dia pra pegar resolver uns baratos) vai dar mais ou menos uns vinte dias, tempo que seria o suficiente pra curtir, eu disse seria, por quê não consegui curtir como gostaria, é claro, já não me bastando a escasses de verba ( dinheiro, grana, etc), tive que enfrentar minha sogra, que me encheu o saco praticamente todos os dias em que fiquei, na sua bendita casa.

Meu sogro, sobrinho e cunhada, são gente boa, o que me estressou e muito, e me fez até perder a linha, foi minha querida(maldita) sogra. Eu sei que vai aparecer gente dizendo, que ama a sogra, mas garanto que a maioria não convive ou conviveu muito com a sogra, ou a sogra dessa pessoa é muito diferente mesmo. Mas tudo bem, sogras a parte, tentei com toda a minha força de vontade, crer que eu realmente estava de férias. Mas teve momentos que eu me sentia um peixe fora d´água, por assim dizer, pois as pessoas que estavam trabalhando, me olhavam com um olhar do tipo: " será que esse cara num tem o que fazer", mesmo eu sabendo que me matei um ano inteiro pra esses benditos trinta dias de férias. Então chegou um momento que eu joguei todo o meu sonho de curtir umas férias pro alto, e faltando dez dias pro término de minhas férias, até me ofereci pra ajudar meu sogro na obra em que ele trabalha, mas ele não quis. Então comecei a perceber que férias num é apenas planejar, tem que ser um estado de espírito, assim como tudo na vida.

Bom voltei ao meu serviço, tudo normal e natural. Exceto por algo, uma pessoa disse, que quatro anos de empresa que eu tenho: "não quer dizer porra nenhuma". Isso pelo fato de eu me impor, sobre algo que eu não concordei, sobre meu horário, e que eu mereço uma situação melhor na empresa. Pois eu acredito que pra alguém estar feliz no seu ambiente de trabalho, necessita de motivação e auto-estima, coisa que poucas e raras empresas dispoem para seus funcionários de hoje em dia. E essa auto-estima e motivação, tem que vir de dentro da empresa, e que as pessoas saibam reconhecer esforços, e não somente procurar erros ou desculpas, pra que o trabalhador não tenha um salário melhor, ou um cargo melhor.

Pra mim, quatro anos de trabalho foram valiosos sim, embora eu queira muito trabalhar, somente com Hip-Hop e Literatura. E sei que um dia alcançarei esse objetivo, e sei que pra alcança-lo, precisarei do apoio e força de muitas pessoas, e sei que com bastante esforço vou alcançar a minha meta, dane-se o que os outros, pensam ou acham de mim, o que importa pra mim é o que de fato sou. Posso não ser um cara talentoso, mas garanto, garanto que sou um cara teimoso.

Renato Vital é escritor, poeta e rapper. contatos:
twitter.com/@renatovital
email: galanteadohj@hotmail.com / renatovital2@yahoo.com.br

2.6.11

De tudo o que há na terra




Acabou as ilusões
Sei que os erros são seus

Não disfaz as emoções

Os dias se perdeu


Os carros estão passando

Lá fora nas ruas correndo

Os dias pra mim foram vermelhos

Hoje, os dias nem vejo


Poxa, por quê dessa podridão

Cabou-se a pureza de seu coração

Seus hormônios tomaram conta de seu corpo

E os dias tem me deixado louco


Continuei a caminhar

Sem nem mesmo saber andar

Nessas estradas esburacadas

Vejo imbecis dando risadas


Não se conformam com sua situação

Mas sentam e esperam por salvação

igrejas, em cada esquina

Já nem trazem conforto pro coração


Fala o nome de Jesus com a boca maldita

Vai transar, trair, desviar-se da vida

Com saia, sem saia, o que importa querida

Pra que se trancar em vigilia?


Eu sei, as pessoas tem medo do inferno

Do calor, das chamas do fogo eterno

Tem medo de virarem pó no necrotério

Mas saiba que o destino da vida é o cemitério


Faz igreja na garagem

Pra orar até mais tarde

Eu sei a Fé é sua

E já vi pastores pobres, orando com sinceridade


De que adianta orar tanto irmãos

Depois ir parar na frente da televisão

É só novela, besteira, hipocrisia na tela

Isso não é entretenimento, é a besta da nova era


Tudo bem, desculpe, não estou aqui pra julgar

Nem tão pouco te dizer, onde deve andar

Sou muito humano pra isso

Mas o RAP me trás a certeza desse compromisso


Não sou eu, aquele que paga suas contas

Nem tão pouco, ponho comida em sua mesa

Os sangue sugas do governo continuam roubando

E até nossos alimentos estão tirando


Não se revolte, isso faz parte da vida

Os grandes canalhas sempre roubando

A PM atirando e matando

Ele devia ou não devia? Já não importa fulano.


A culpa não é sua, de nada disso

Continue vivendo a vida sem compromisso

O que era garoa, tá virando tempestade

Pena que minha gente, não compreenda a maldade


E muitos só veram a enchente

Quando a água já tiver afogado suas mentes

Ai eu sinto muito, já será tarde

E também não será sua culpa, se arrepender tarde


A revolução só depende de VOCÊ

Com gestos simples de amor

Tá difícil amar nesse mundo, eu sei

Um mundo que é só desespero e dor


Evolução não acontece da noite pro dia

Mas pode começar do dia pra noite

Um abraço, um gesto, ser mais humano

Entender sua origem, traçar um plano


Respeitar a natureza, não do jeito que dizem na TV

Respeitar ela, por quê ela servirá pra você

Seus filhos precisarão de oxigênio pra viver

Àrvores, água, terra, ar, tudo o que se possa proteger


Não se trata de ser perfeito

Nem lá temos esse direito

Viver um pouco melhor será o jeito

Colher os frutos de nossos anseios


De tudo isso que há na terra

Não pode restar somente ilusão

A vida é mais que essa arte enlatada

Prove pra si mesmos irmãos.


Renato Vital é escritor, poeta e Rapper.















1.6.11

Vulgo Réu

Vulgo Réu


Iniciando em carreira solo em busca de um espaço sólido no rap nacional, vulgo Réu com 25 anos de idade divulga a sua primeira Mix Tape intitulada Divulgação, com foco em demonstrar toda sua vivência através da música o CD contém 14 faixas e conta com participações especiais de ( Diego Primo e o produtor Nefasto).

Gravado Mixado e Masterizado por Nefasto no Studio N.
Segue em anexo a música de trabalho em MP3 Craques do Morro e a capa e contra capa da Mix Tape.

Site para divulgação
www.myspace.com/africareu
twitter.com/@Reuafrica
Link do Vídeo Clip Oficial da música Craques do Morro, Direção e Edição Green Alien, Roteiro Réu e Green Alien
http://www.youtube.com/watch?v=OgC1ru9g07w

Vendas pelo email: lucas.vanguarda@hotmail.com
Preço 3 Reais + frete
Pessoalmente 3 Reais

Contato para Shows
(11) 9231-6194 falar com Letícia
(11) 9276-7250 falar com Réu