11.10.10

Ingenuidade

Acredito no que eles dizem
Acredito em astronautas
No mundo da lua
E na lua de São Jorge

Acredito mais na lua de São Jorge
Do que no espaço deles
Reclamando de quê, cara pálida?
Um tanto de funcionários, e um trabalho vira lata

Vai saber por quê quer ganhar mais
Trabalhando menos
Mas eu acredito no amor
E acredito no 100%

Do nosso eles querem tirar
E no bolso só poeira vai entrar
Ou o papelzinho dos cuzão
Que só volta pra pedir voto em ano de eleição

Faz favor e não some
Na hora H o povo é que se fode
Prometo nunca mais dar mole
Pra esse filhos de uma pátria morte

Mas eu acredito, continuo acreditando
Na melhora que eles prometem de ano em ano
Continua melhorando
Seu saldo lá na porra do banco

Falando em banqueiros
Eles ajudam em suas campanha$$$$$$
Pra que vocês sejam os fantoches de luxo
Desse esquema podre, desse sistema imundo

Eu acredito na mudança que vocês prometeram
Mas não pelas mãos de você
O pobrema tá na curtura rapaiz
Enquanto não tivermos ela seremos incapaz

O palhaço na propaganda é engraçado
Mas é um palhaço, dos palhaços
Somos palhaços, e pra que votar em outro
Vai saber por quê somos tão tolos

Acredita, na maior cara de pau
O sistema vai melhorar, pode acreditar
A sina de sofrer vai acabar
A burguesia vai ajudar a melhorar,

A burguesia é a carniça
Mas pra que acreditar tanto
Se quem se lasca de quatro anos em diante
È o povo que vai seguindo o plano.


Renato Vital é poeta, escritor e vai votar na Dilma mesmo pouco acreditando.




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