12.1.08

País sem presidente

Se esperava mais, mas entre Aécio Neves e Geraldo Alckimn, eu so mais o terceiro mandato direto.

País sem Presidente


De repente ele parou e gritou:

- Seu bando de idiotas, pra onde estão indo, trabalhar hahahhahaha.

- cala a boca seu louco. gritou uma senhora de quase 60 anos segurando uma sacolinha, com alguns remédios pegos num posto.

- Eu louco, posso estar um pouco descabelado, quer dizer careca, mas louco não sou. Sabem por quê bando de idiotas. Por quê eu num voto, rasguei meu título de eleitor, cuspi na cara do patrão e chutei o balde.

- Ora, vê se fica quieto vagabundo.
falou um comerciante já irritado, mai irritado ainda com os impostos na sua mão pra pagar.

-Vejam só vocês, eu peguei esse cartãozinho aqui ó, esse amarelinho, e também peguei esse aqui ó azulzinho, pego a grana no banco e me divirto as custas de vocês ahahahahha.

- Meu deus esse homem deve estar possuído, vou começar a fazer umas orações agora.
Falou um servo de Edir Macedo, quer dizer de Deus.

- O quê? Oração é uma porra, e nem venha querer cobrar dízimo não, por quê já basta aquela minha mulher, que não desgruda do terço, e que tá gorda feito um barril, entre sexo e cachaça prefiro minha cachaça. Mas vão lá bando de idiotas trabalhem até não poder mais.

- Mas o que diabos esse home está falando, gritou um policial.

- O seu policial meu camarada, a quanto tempo se lembra aquele dia, em que eu estava voltando do trabalho, e você me enquadrou já chamando de vagabundo? Não? então nem precisa se preocupar mais, pois agora você tem motivos de sobra pra dizer isso!

- E posso saber por quê seu verme?

- Ora por quê agora eu sou vagabundo.

- E quem é que vai pagar suas contas agora tiozim. falou o camelô com alguns dvds piratas na mão.

- A tirando minha mulher que vive se esfolando trabalhando de costureira, acho que ninguém vou deixar tudo como está. Vou mandar minhas contas para o presidente. Se ele não quiser pagar, a gente tira ele de lá.

O povo caiu na risada geral, ninguém acreditava que aquele tiozinho, fosse querer boicotar logo o presidente.

- Foi quando no meio da confusão, apareceu o líder comunitário do bairro, tentando de todas as formas durante anos e anos alertar a populãção sobre os políticos corruptos e o povo nunca dava ouvidos a ele.

- E então povo o que acharam do meu novo aliado, nas lutas por melhorias no bairro? perguntou ironicamente ele.

- Ah vai se foder mano, se não era o pá, que falava que ia fazer revolução no bairro, lutar por creche, escola e os carái. Falou o Neguinho, morador do bairro.

- Sou eu mesmo, mas desiste daqueles discursos meia boca, que ninguém dava ouvidos mesmo.

- Mas se não era o brigão. Falou a mulher mais fofoqueira do bairro.

- Sim só que na hora que era pra senhora estar lutando junto comigo, por melhorias pra os seus próprios filhos e netos, estava lá fazendo fofoca e assistindo aquelas porra de novela da globo. E agora vêm querer falar o quê?

- Nada, nada. ( essa saiu de fininho)

- Então, o senhor Oliveira ( o bêbado) é um dos meus novos aliados, foi eu quem o alertei sobre tudo o que o governo faz, e que um país pode viver sem presidente também. Agora sobre ele estar bêbado é que ele sempre teve uma quedinha por cachaça mesmo. Como eu sabia que o povo Brasileiro só gosta é de polêmica mesmo, resolvi aproveitar que o seu Oliveira sempre faz escândalo quando está bêbado, pra conseguir falar com vocês sobre, o que eu venho tentando fazer à anos, entregando porra de folhetinho, e tentando conversar sobre política numa rodinha em que todo mundo só falava de futebol. Da minha idéia de propor um país sem presidente!

- Outro que enlouqueceu. Disse o Frentista do posto, grilado com as últimas notícias sobre o Etanol.

- Enlouqueci nada, vocês sabem quem é que paga, a escola que o seus filhos estudam?

- O governo ué, num é o que eles falam na televisão, disse a mesma senhora com a sacolinha cheia de remédios pegos no SUSTO,digo no SUS.

- Não de maneira nenhuma, somos nós que pagamos tudo aquilo, nós pagamos impostos, alguém aqui ainda lembra que paga imposto pelo menos. O que a gente deveria fazer era propor políticas públicas pra esses governantes, àlis propor não impor pois se eles não aceitarem, nós os tiramos de lá.

- Mas ai o batalhão de choque mata a gente na porrada porrada porra, é sempre assim quando tem protesto. Disse Nelsinho Corinthiano.

- Ora não estou falando de algumas pessoas e sim de milhares, milhões de pessoas lá protestando, decidindo o melhor pro seu bairro, sua cidade, ou seu país. Políticas públicas é isso, ao em vez de o governo decidir o que enfiar na nossa goela abaixo, nós é que decidimos o que é melhor pra comunidade, pois ninguém melhor do que a gente que pisa no barro, pra saber o que se passa aqui por aqui. Um país sem presidente é o que precisamos, pois entra ano, sai ano nada ou quase nada muda, então o melhor é tomarmos o comando geral, assim como oexército fez uma vez.

h não a Ditadura de novo, esse negócio de dita-dura me deixa meio cabreiro. disse o seu Oliveira.

- Pois é minha gente só depende de vocês, o poder está nas nossas mãos, a melhro opção pra nós e nós mesmos, não há, e nunca haverá outro jeito. Quem está comigo?

Ele que estava distraido, quando se virou viu que já não tinha mais ninguém ali, só mesmo o seu Oliveira conversando com um cachorro pulguento.

Mais tarde assistindo a televisão, soube que o Presidente Lula sofreu um atentado, recebeu uma sacolinha de remédios bem no meio da testa, uma vassourada na bunda, um dvd pirata no nariz, um tiro de raspão, e um monte de contas amassadas jogadas na sua cabeça, além de um senhor bêbado oferecendo uma branquinha pra ele.

O texto é Fictício, mas a situação não, políticas públicas já!

Renato Vital poeta, escritor e não aguenta mais ficar sem a COOPERIFA!

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